26 de jun. de 2013

Mais um deslizamento de terra no Rio Senhorinha



O Incidente ocorreu em obra particular nesta quarta-feira (26), na zona sul.
Nível de córrego Senhorinha subiu, mas ponte não precisou ser interditada.

A queda do muro de um empreendimento imobiliário que está sendo erguido ao lado da ponte provisória ao acesso da Avenida Guadalupe, na zona sul de São José dos Campos, assustou os moradores. Segundo a assessoria da Viga Construtora, responsável pela obra, um deslizamento de terra ocorreu durante o serviço de escavação do terreno e obstruiu uma das passagens do córrego Senhorinha.
Junto com a terra, uma máquina que fazia o trabalho no local, também desabou, mas ninguém ficou ferido.

Como o córrego tem duas passagens, o nível de uma delas começou a subir e ameaçava chegar até a ponte, que até o momento não precisou ser interditada.

Equipes da Secretaria de Obras da prefeitura retiraram a terra e a água do córrego passou a fluir normalmente nas duas passagens. Engenheiros da empresa e técnicos da Defesa Civil avaliam os danos e as possíveis causas, além de continuar monitorando a área. Ações sobre a contenção no trecho atingido devem ser tomadas nesta quinta-feira (27), de acordo com a prefeitura.

Problemas no local
O acesso alternativo à Avenida Guadalupe foi liberado pela Secretaria de Transportes da prefeitura no dia 23 de maio. A ponte da avenida desabou no dia 20 de abril durante obras de recuperação dos estragos que as fortes chuvas haviam causado na cabeceira da ponte um mês antes. O problema gerou desabastecimento de água aos moradores da região que chegaram a ficar quatro dias com o fornecimento comprometido.



















































































25 de jun. de 2013

São José dos Campos tem mais um dia com protestos


A Manifestação se concentrou na Praça Afonso Pena, na região central.
Comércio fechou as portas e grupo pode seguir novamente para a Via Dutra.

São José dos Campos vai ter mais um dia de protesto nesta terça-feira (25). Por volta das 16h, cerca de 500 manifestantes se concentravam na Praça Afonso Pena, região central da cidade, próximo à Igreja São Benedito. Com chuva, a caminhada começou uma hora depois do grupo se reunir e seguiu para a Avenida São José, depois as ruas Paraibuna, Major Antônio Domingues, Euclides Miragaia e Avenida Adhemar de Barros.

O grupo reivindica a revogação da tarifa do transporte coletivo, o que levaria o valor da passagem de volta aos R$ 2,80. Após reajustar o preço em R$ 3,30, a prefeitura voltou atrás duas vezes e levou o valor para R$ 3. O cabeleireiro Lucas Roberto, de 23 anos, participa de sua primeira manifestação e quer a revogação da tarifa. "Na minha opinião, o preço justo do transporte agora é R$ 2,80", disse ele que leva até o protesto um cartaz pedindo que o Brasil 'reinicie o sistema', comparando o país a um programa de computador que está com erro na execução.

Lojas da Rua XV de Novembro fecharam mais cedo. Há a expectativa que o grupo siga para a rodovia Presidente Dutra novamente. Na última quinta-feira (20), o protesto percorreu as principais ruas da cidade e fechou a rodovia, que registrou um congestionamento de 28 quilômetros somando as cinco cidades com bloqueios - Jacareí, São José dos Campos, Taubaté, Pindamonhangaba e Cachoeira Paulista.

Nesta terça-feira (25), a Polícia Rodoviária Federal convocou a tropa de choque, uma aeronave, e recebeu reforço de aproximadamente 60 policiais na região do Vale do Paraíba para atuar em caso de novas invasões na Via Dutra durante os protestos que estão previstos parar ocorrer nesta terça-feira (25). O reforço extra de policiais deve continuar na região até o fim da semana.

O chefe da 6ª delegacia da Polícia Rodoviária Federal, Waldwilson dos Santos, afirmou que a polícia no Vale do Paraíba recebeu um reforço de contingente de 60 policiais rodoviários, do pelotão de choque da PRF - cerca de 30 policiais - e também de uma aeronave, usada para fazer monitoramento. O efetivo normal de policiais na região é de 150.

"O pelotão de choque só será usado se não conseguirmos resolver na conversa, a gente argumenta até ser sustentável. Concordamos com a manifestação popular, mas temos encontrado dificuldades no desfecho, com resistência de algumas pessoas, onde constatamos pessoas fazendo uso de bebidas alcoólicas e resistindo em deixar a rodovia", explicou ao G1.

Em caso de necessidade, o pelotão da tropa de choque da PRF é acionado por uma equipe de gerenciamento de crise, com base nas informações dos policiais em campo. A Polícia Militar também pode atuar em conjunto com a polícia rodoviária.

Segundo Santos, os policiais não tem como impedir uma possível invasão de manifestantes na rodovia, mas vão buscar o diálogo para a liberação da via.

"A intenção do estado é trabalhar em prol da segurança dos usuários, ninguém tem intenção de confronto. Primeiro passo é sempre a argumentação e temos inclusive conversado com lideranças dos movimentos e pedido que não invadam a rodovia. Gerenciamos a situação até o limite da situação, não há um período certo para promover a desinterdição", disse.

Rodovias são alvo

Além da Dutra, outras rodovias na região estão sendo bloqueadas por manifestantes durante os protestos. No domingo (23), cerca de 300 manifestantes invadiram as pistas da Rodovia Dom Pedro I e só deixaram o local após quase três horas de bloqueio no trecho de Igaratá, no interior de São Paulo. Eles saíram da pista após a chegada da tropa de choque da Polícia Militar, mas não houve conflito.


Em Ubatuba, uma passeata com cerca de 500 manifestantes interditou parcialmente a rodovia Rio-Santos por 2h30 na tarde de domingo. Os manifestantes caminharam por cerca de dois quilômetros na rodovia e os motoristas tiveram que desviar o trajeto pela cidade.

Na sexta-feira (21), cerca de 150 manifestantes ocuparam a rodovia dos Tamoios (SP-99) por quase duas horas no trecho de Paraibuna. Equipes da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) monitoraram o protesto, que foi pacífico. De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o ato aconteceu na altura do km 33 e impediu o tráfego nas duas pistas.

Cerca de 1.200 moradores participaram de um protesto em Caraguatatuba e tomaram a entrada principal da cidade na rodovia dos Tamoios. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o protesto foi pacífico.

Em Jacareí, moradores do Rio Comprido queimaram pneus e interditaram a rodovia Geraldo Scavone (SP-66), que liga a cidade a São José dos Campos. Na mesma rodovia, um ônibus foi queimado.